Santa Catarina registrou 45.623 focos do mosquito Aedes aegypti em 258 municípios até o início de junho de 2025. Além disso, ocorreram 91.265 notificações de dengue, sendo que 27.297 foram considerados casos prováveis. Esses dados foram divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) e constam no mais recente Informe Epidemiológico, que abrange até o dia 2 de junho.
Até o momento, foram confirmados 10 óbitos por dengue, com outros cinco casos em investigação pelas secretarias municipais de Saúde, com apoio da SES. Dos 295 municípios catarinenses, 181 são considerados infestados pelo vetor.
“No outono, os casos de dengue em Santa Catarina continuam a preocupar. Mesmo com a redução das temperaturas, que geralmente desacelera a reprodução do mosquito Aedes aegypti, observamos que os números revelam a necessidade de prosseguir com as medidas preventivas para evitar um possível surto”, destaca Fábio Gaudenzi, Superintendente de Vigilância em Saúde.
Casos de chikungunya
Além da dengue, o informe também registrou 2.257 notificações de chikungunya no estado. Desses, 838 foram considerados casos prováveis, e 624 foram confirmados. Em comparação com o mesmo período do ano ado, quando houve apenas 118 casos prováveis, o aumento foi de 610,2%. Também foram confirmados quatro óbitos devido à chikungunya.
A doença, transmitida pelo Aedes aegypti, apresenta sintomas como febre alta, dores intensas nas articulações, dor muscular, dor de cabeça, cansaço extremo e manchas vermelhas na pele. Em casos graves, pode levar à internação e até ao óbito, especialmente entre idosos e pessoas com comorbidades.
Ações para eliminar o mosquito
A colaboração da população é essencial para conter a propagação das arboviroses em Santa Catarina. Algumas medidas simples, mas eficazes, incluem:
- Evitar o acúmulo de água da chuva em recipientes como pneus, tampas de garrafas, latas e copos;
- Não acumular materiais descartáveis em terrenos baldios e pátios;
- Tratar adequadamente piscinas com cloro ou esvaziá-las completamente quando não estiverem em uso;
- Manter lagos e tanques limpos ou criar peixes que se alimentem de larvas;
- Lavar vasilhas de água e comida de animais de estimação semanalmente;
- Colocar areia nos pratinhos de plantas e remover duas vezes por semana a água acumulada nas folhas;
- Manter lixeiras tampadas e não acumular lixo ou entulhos.
Com o aumento dos casos, é imprescindível que cada um faça a sua parte para evitar a proliferação do mosquito.
