O ex-presidente da República Fernando Collor de Mello foi preso na madrugada desta sexta-feira (25), por volta das 4h, em Maceió, capital de Alagoas. A informação foi confirmada pela defesa do ex-presidente, que afirmou que ele se deslocava para Brasília para se entregar espontaneamente, em cumprimento à decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
No momento, Collor está custodiado na Superintendência da Polícia Federal em Maceió. A prisão ocorreu horas após a decisão de Moraes que rejeitou o segundo recurso apresentado pela defesa, tornando a ordem de prisão definitiva. O ex-presidente havia sido condenado em maio de 2023 a oito anos e dez meses de prisão por participação em um esquema de corrupção e lavagem de dinheiro na BR Distribuidora, atualmente chamada de Vibra Energia.
STF confirmou condenação por corrupção e lavagem de dinheiro 195j31
A decisão do ministro Alexandre de Moraes veio após a rejeição de novo recurso da defesa. Collor foi condenado por corrupção iva e lavagem de dinheiro em um esquema que facilitava contratos fraudulentos na BR Distribuidora. A acusação teve origem nas investigações da Operação Lava Jato e foi baseada na delação premiada de Ricardo Pessoa, ex-presidente da construtora UTC.
Além da pena de prisão, a sentença incluiu multa e outras sanções: Collor deverá pagar 90 dias-multa, está obrigado a indenizar a União em R$ 20 milhões — de forma solidária com outros dois réus — e está proibido de ocupar cargos públicos pelo dobro do tempo da pena aplicada.
Defesa confirma intenção de entrega espontânea 6l4c3m
Em nota oficial, os advogados de Fernando Collor afirmaram que a ida a Brasília tinha como objetivo o cumprimento voluntário da ordem judicial, uma vez que a decisão do STF já era de conhecimento da defesa. Apesar disso, o ex-presidente foi abordado antes do embarque, ainda em território alagoano, pela Polícia Federal.
A defesa também informou que, até o momento, não há outras manifestações e que essas são as únicas informações oficiais disponíveis. O caso agora segue para os trâmites de cumprimento da pena em regime inicialmente fechado, conforme previsto na decisão do Supremo.
Relembre a trajetória de Collor até a condenação 43533t
Fernando Collor foi eleito presidente da República em 1989 e teve seu mandato encerrado por um processo de impeachment em 1992, em meio a denúncias de corrupção. Desde então, ocupou cargos públicos, incluindo o de senador por Alagoas. A condenação no STF é o desfecho de anos de investigação e processos relacionados à Operação Lava Jato, que atingiu diversos políticos e empresários de alto escalão no país.
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