Santa Catarina celebra 18 anos do reconhecimento como Zona Livre de Febre Aftosa sem Vacinação

Por seu elevado padrão em sanidade animal, Santa Catarina se consolidou como uma grande produtora e exportadora de carnes. Uma das principais realizações nesta área foi a erradicação da febre aftosa e o reconhecimento pela Organização Mundial de Saúde Animal (Omsa) como Zona Livre de Febre Aftosa sem Vacinação, em 25 de maio de 2007. 

Este resultado é fruto de décadas de atuação da empresa pública responsável pela defesa agropecuária estadual, a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc). Santa Catarina foi um estado pioneiro, sendo o primeiro caso em que o reconhecimento foi concedido a uma região e não a um país. Além disso, foi o primeiro estado brasileiro a identificar individualmente com brincos numerados todos os bovinos e bubalinos, para controle do trânsito desses animais e de sua condição sanitária. As ações sanitárias que foram implementadas beneficiaram também a suinocultura, pois a febre aftosa atinge animais de casco bipartido, o que inclui suínos. 

Para a presidente da Cidasc, Celles Regina de Matos, este histórico é motivo de orgulho e também de inspiração para que a empresa pública siga buscando a inovação para melhor servir à sociedade catarinense. As decisões tomadas pelos técnicos da Cidasc ao longo de 45 anos tornaram o rebanho catarinense um dos mais saudáveis do mundo, permitindo a exportação de carne para mais de 150 países. 

Desde o ano ado, o Brasil é considerado livre da doença e no próximo dia 29 de maio deve receber o certificado da Organização Mundial de Sanidade Animal, em Paris. A presidente da Cidasc representará a empresa nesta celebração. 

“A conquista pioneira de Santa Catarina do status de Zona Livre de Febre Aftosa sem Vacinação é um marco histórico e reafirma nosso compromisso com a excelência sanitária e o fortalecimento do agronegócio catarinense. Isso só foi possível graças ao trabalho incansável da Cidasc e ao engajamento dos nossos produtores rurais e de toda cadeia produtiva. Seguiremos investindo em inovação e vigilância para manter e ampliar esse legado”, afirma o secretário de Estado da Agricultura de Santa Catarina, Carlos Chiodini.

Mesmo com a doença erradicada, o trabalho prossegue, com ações de educação sanitária e de vigilância para não ocorrer a reintrodução. Santa Catarina tem uma bela experiência para compartilhar com outros estados, tanto em relação à brincagem dos rebanhos bovinos e bubalinos quanto ao controle de trânsito de cargas de interesse agropecuário e à orientação dos produtores rurais. 

Em Santa Catarina, a Cidasc implantou o Programa de Vigilância Baseado em Risco (PVBR), em parceria com o Ministério da Agricultura e Pecuária e a Corb Science, que tem como um de seus objetivos aumentar o engajamento do produtor com as ações de sanidade animal. O PVBR envolve a realização de milhares de vistorias, nas quais são levantadas informações sobre os padrões de biosseguridade dessas propriedades. Com os dados obtidos, foram identificados possíveis pontos de vulnerabilidade, para adoção de medidas preventivas.