A prefeitura de Jaguaruna lançou recentemente o programa Minha Terra Produtiva, que tem o objetivo de melhorar a qualidade do solo das plantações por meio da aplicação de calcário. O diferencial do projeto é que o município subsidia a maior parte do valor do frete da carga até a propriedade do agricultor.
Criado e executado pela Secretaria de Agricultura, o projeto consiste no transporte e transbordo de calcário de Botuverá, no médio Vale do Itajaí, até as propriedades rurais do município. A transferência da carga é feita com o caminhão caçamba basculante da prefeitura.
A função do calcário na agricultura é fornecer nutrientes como cálcio e magnésio e corrigir a acidez do solo. Problemas que são encontrados em algumas terras do município.
“Conhecendo melhor o tipo de solo do município de Jaguaruna, a gente sabe que há uma carência grande, principalmente, em relação aos níveis de cálcio e magnésio, algumas áreas potencialmente com Ph muito reduzido, além de ter alumínio, que acaba inibindo muito o potencial da lavoura”, descreve secretário de Agricultura de Jaguaruna, Dirceu Sebastião Rodrigues.
Diante desta necessidade, foi criado o programa Minha Terra Produtiva. A lei foi aprovada na Câmara de Vereadores no final de agosto e o projeto começou a ser executado neste mês. O valor do frete será de R$ 400,00 por carga de 15 toneladas. Os pedidos de calcário obedecerão a ordem de chegada. Cada agricultor poderá solicitar no máximo uma carga de calcário por vez.
Mais de mil toneladas já foram distribuídas neste primeiro mês. Ao todo, 67 propriedades recebem o benefício. Segundo a prefeitura, Jaguaruna é o primeiro município da região Sul de Santa Catarina a implantar um programa como este.
O agricultor João Serafim Costa, que trabalha com o cultivo de mandioca na comunidade de Riachinho, aderiu ao programa e espalhou calcário em suas pastagens. “É a primeira vez que estou colocando calcário nos pastos. Eu acho que vai auxiliar muito porque a nossa terra tem muita acidez”, diz.
“Além de elevar o nível de cálcio e magnésio e corrigir o solo, o maior potencial é que a cultura tem um acréscimo muito maior na sua produtividade. Hoje, em torno de 15% a 25% da produção se perde por falta da adubação correta. O que a gente visa é justamente corrigir esse problema de acidez no solo para potencializar a produção da lavoura”, explica Dirceu.
Aliado a esse projeto do calcário, a prefeitura de Jaguaruna criou outro programa, chamado Terra Boa, em que é subsidiada uma análise química do solo. Cada produtor rural que tem bloco de notas ativo no município pode solicitar o benefício.
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